Com justa razão, as festejadas (e tardias) prisões de Anthony Garotinho e Sergio Cabral varreram das manchetes, nos últimos dias, alguns temas que vinham alimentando o noticiário e as redes sociais. A confissão de que a Andrade Gutierrez irrigou com propina de R$ 1 milhão a campanha de Michel Temer em 2014; o colapso geral do RJ, a ocupação de escolas e até as discussões sobre o fim do mundo pós-Trump perderam destaque ante as manifestações com que os cariocas saudaram a chegada dos ex-governadores à República de Bangu.
Passada a festa, contudo, é preciso voltar à vaca fria. Entre o que ficou em segundo plano destaca-se uma disputa que pode produzir mudanças relevantes no País. Trata-se da queda de braço entre marechais do Judiciário, do Ministério Público e do Legislativo em torno de questões envolvendo a aprovação de leis ou medidas que, de um lado, combatem a impunidade dos corruptos e, de outro, pretendem conter a orgia remuneratória no funcionalismo de alto escalão, onde a soma de vencimentos e jabuticabas corporativas produzem contracheques de até R$ 200 mil.
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