sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Após caso de corrupção da Embraer em 4 países, ONG defende internacionalização da Lava Jato

Após caso de corrupção da Embraer em 4 países, ONG defende internacionalização da Lava Jato



O representante da ONG Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, declarou recentemente em entrevista ao Estadão, que o Brasil é visto no mundo como “exportador de corrupção” e que ele defende a “internacionalização da Lava Jato”.
Sua análise veio depois do escândalo de corrupção da Embraer, quando investigações apuraram que a empresa foi responsável por ações irregulares em quatro transações feitas entre os anos de 2007 e 2011, na Arábia Saudita, na Índia, em Moçambique e na República Dominicana.
De acordo com o Ministério Público Federal, o caso envolveu corrupção transnacional, lavagem de ativos e falsa contabilidade no contexto da venda de aeronaves de sua fabricação para organismos e empresas estatais dos referidos países. O termo foi subscrito pelo procurador da República Marcello Miller.
Como resultado, a Embraer fechou um acordo judicial de US$ 206 milhões com autoridades do Brasil e dos Estados Unidos, para encerrar um caso conjunto de investigação de corrupção internacional de agentes da companhia na venda de aviões a diversos países.
De acordo com Brandão, o acordo da Embraer é um sinal fortíssimo de que os empresários já temem um efeito dominó com os desdobramentos da Operação Lava Jato. “Essa é a primeira vez que uma grande empresa brasileira é punida por práticas irregulares durante sua prospecção de negócios no exterior. O mercado global não tolera mais esse tipo de conduta, principalmente as autoridades nos EUA.”

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